sexta-feira, 29 de maio de 2009

Adilson, o enxadrista


Foto: VipComm/
Divulgação


Antes de começar o jogo entre Cruzeiro e São Paulo comentei com meus irmãos que seu o time mineiro ganhasse ou pelo menos empatasse com o tricolor no Mineirão, o técnico Adilson Batista iria colocar Athirson no meio-campo e sacar um atacante (Thiago Ribeiro) no jogo de volta, no Morumbi.

Não precisou esperar tanto tempo. Adilson já fez a mexida no intervalo! Tudo bem que o Thiago saiu por contusão, mas a mudança simples era trocar um atacante por outro. O fato é que, apesar do treinador torcer a cara e dizer que estava certo, o gol do São Paulo mostrou que ele estava errado.

Quando Adilson tirou Magrão, colocou mais um atacante (Zé Carlos) e deslocou Athirson para a lateral esquerda (sua real posição) o Cruzeiro foi outro. Não demorou e o time marcou o seu importantíssimo segundo gol, justo com quem? Zé Carlos, o atacante que entrara.

Adilson é melhor técnico que parece, mas às vezes é científico demais. Nos recônditos de sua mente ficam borbulhando ideias táticas que nem sempre funcionam na prática. Para ser um bom treinador, é preciso saber mais que esquemas e detalhes técnicos. É preciso ter o feeling, conhecer a hora certa de fazer algumas “loucuras”. Por isso Felipão foi campeão do mundo e é um dos maiores do planeta.

Mas, reconheçamos que Adilson tem muitas virtudes. Ele encara o futebol como um jogo de xadrez – e às vezes funciona. Como no jogo contra o Flamengo, em que deixou apenas um atacante para que Cuca colocasse o time carioca todo para frente. Adilson Batista deu seu xeque-mate, voltou a colocar o Cruzeiro ofensivo e matou o jogo com Ramires. O Professor Pardal também tem seus dias de glória.

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