Há poucos dias por volta de três horas da manhã um motorista perdeu o controle de seu carro descendo a Faria Pereira e acertou um poste. Foi um barulho daqueles e todos do prédio saíram às sacadas para conferir de perto o que tinha acontecido, afinal de contas a curiosidade é inerente ao ser humano.
Ainda bem que com o rapaz não houve nada de mais grave. Grave mesmo ficou a situação do poste que no dia seguinte teve que ser trocado pela equipe da Cemig.
Por conta disso, os arredores ficaram sem energia praticamente a tarde toda. Nessas horas é que nos damos conta de como somos escravos da tecnologia. Bate quase que um desespero pela falta dos eletrodomésticos e eletroeletrônicos. Aquelas cerca de quatro ou cinco horas pareceram intermináveis para muitos.
Pensando nessa situação, me lembrei há muitos anos atrás quando ainda criança ficava torcendo para acabar a energia elétrica. Era a glória para meus irmãos e eu. Não esqueço mesmo de como meu pai parecia um super-herói nessa hora. Está bem vivo na memória ele com uma lanterna apontando para o muro e fazendo bichos com as mãos ou com recortes em papel, contando aquelas histórias com a alegria que todos que o conhecem sabem bem como é capaz.
Sempre que nos reunimos lembramos com uma certa nostalgia desse tempo relativamente recente. Não sou nostálgico como muitos gostam de ser e dizer a célebre frase “no meu tempo é que era bom”. Cada fase da vida tem suas características e gosto de respeitá-las. Mas isso não impede de bater uma certa de saudade de algumas passagens.
Segundo Affonso Romano de Sant’Anna, depois de um encontro com velhos amigos que há muito não se viam: “Estar juntos é como estar ao redor de uma fogueira recontando a própria vida (...). E já que os presentes viveram experiências semelhantes, um é a memória do outro, o espelho do outro. É um exercício de reunir fragmentos de vida, rechear em nós a imagem de ontem e reter um pouco do presente que se esvai. Tem, de certo modo, o sentido de carpe diem. Um carpe diem meio retroativo, olhando para o retrovisor”.
Penso que o mais importante disso é esse sentimento de partilha – partilha de um tempo que não volta mais, mas que deixa saborosas lembranças. Como diria Frei Betto, muitos “fazem de sua trajetória existencial um acúmulo de bens infinitos, como amizade, solidariedade e partilha”. Esses bens eu quero ter infinitamente.
Ainda bem que com o rapaz não houve nada de mais grave. Grave mesmo ficou a situação do poste que no dia seguinte teve que ser trocado pela equipe da Cemig.
Por conta disso, os arredores ficaram sem energia praticamente a tarde toda. Nessas horas é que nos damos conta de como somos escravos da tecnologia. Bate quase que um desespero pela falta dos eletrodomésticos e eletroeletrônicos. Aquelas cerca de quatro ou cinco horas pareceram intermináveis para muitos.
Pensando nessa situação, me lembrei há muitos anos atrás quando ainda criança ficava torcendo para acabar a energia elétrica. Era a glória para meus irmãos e eu. Não esqueço mesmo de como meu pai parecia um super-herói nessa hora. Está bem vivo na memória ele com uma lanterna apontando para o muro e fazendo bichos com as mãos ou com recortes em papel, contando aquelas histórias com a alegria que todos que o conhecem sabem bem como é capaz.
Sempre que nos reunimos lembramos com uma certa nostalgia desse tempo relativamente recente. Não sou nostálgico como muitos gostam de ser e dizer a célebre frase “no meu tempo é que era bom”. Cada fase da vida tem suas características e gosto de respeitá-las. Mas isso não impede de bater uma certa de saudade de algumas passagens.
Segundo Affonso Romano de Sant’Anna, depois de um encontro com velhos amigos que há muito não se viam: “Estar juntos é como estar ao redor de uma fogueira recontando a própria vida (...). E já que os presentes viveram experiências semelhantes, um é a memória do outro, o espelho do outro. É um exercício de reunir fragmentos de vida, rechear em nós a imagem de ontem e reter um pouco do presente que se esvai. Tem, de certo modo, o sentido de carpe diem. Um carpe diem meio retroativo, olhando para o retrovisor”.
Penso que o mais importante disso é esse sentimento de partilha – partilha de um tempo que não volta mais, mas que deixa saborosas lembranças. Como diria Frei Betto, muitos “fazem de sua trajetória existencial um acúmulo de bens infinitos, como amizade, solidariedade e partilha”. Esses bens eu quero ter infinitamente.
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