Assisti a “Batismo de Sangue”, filme de Helvécio Ratton baseado no livro homônimo de Frei Betto. O longa conta a história da atuação dos frades dominicanos durante a Ditadura Militar. Eles ajudaram, e muito, na luta contra a repressão que culminou com o assassinato do revolucionário Carlos Mariguela, a prisão dos religiosos e a tortura deles.
O filme começa e termina dramaticamente com o suicídio do Frei Tito (interpretado por Caio Blat). Ele foi torturado pelo temível delegado Fleury (que ganhou ótima interpretação de Cássio Gabus Mendes).
Frei Tito foi um dos que conseguiram sair da prisão, trocado por um embaixador que havia sido seqüestrado pela resistência. Mesmo fora das grades, continuou eternamente preso. Frei Tito teve visões até morrer e a loucura o fez enforcar-se.
O duro é que é tudo verdade. O duro é que pouca gente tem conhecimento de tudo o que aconteceu. Tanto é que o próprio Daniel de Oliveira (excelente ator que faz o papel de Frei Betto no filme e que interpretou esplendidamente o cantor Cazuza) reconhece no making of que não sabia nada sobre essa história. Ele nem tinha noção da participação dos dominicanos na luta contra a ditaura.
O mineiro Frei Betto é um de meus maiores ídolos. O livro “Batismo de Sangue” é espetacular – um relato fiel de quem viveu na carne o drama do militarismo no país. Por sorte, Ratton acertou a mão e o filme também é um retrato bastante fiel desta página negra da história do Brasil.
Em tempo: na minha opinião, a cena mais emocionante do filme é o momento da Eucaristia na prisão. Mesmo nos momentos mais difíceis, o ser humano não abandona o sagrado – e vice-versa.
Assistam e leiam.
O filme começa e termina dramaticamente com o suicídio do Frei Tito (interpretado por Caio Blat). Ele foi torturado pelo temível delegado Fleury (que ganhou ótima interpretação de Cássio Gabus Mendes).
Frei Tito foi um dos que conseguiram sair da prisão, trocado por um embaixador que havia sido seqüestrado pela resistência. Mesmo fora das grades, continuou eternamente preso. Frei Tito teve visões até morrer e a loucura o fez enforcar-se.
O duro é que é tudo verdade. O duro é que pouca gente tem conhecimento de tudo o que aconteceu. Tanto é que o próprio Daniel de Oliveira (excelente ator que faz o papel de Frei Betto no filme e que interpretou esplendidamente o cantor Cazuza) reconhece no making of que não sabia nada sobre essa história. Ele nem tinha noção da participação dos dominicanos na luta contra a ditaura.
O mineiro Frei Betto é um de meus maiores ídolos. O livro “Batismo de Sangue” é espetacular – um relato fiel de quem viveu na carne o drama do militarismo no país. Por sorte, Ratton acertou a mão e o filme também é um retrato bastante fiel desta página negra da história do Brasil.
Em tempo: na minha opinião, a cena mais emocionante do filme é o momento da Eucaristia na prisão. Mesmo nos momentos mais difíceis, o ser humano não abandona o sagrado – e vice-versa.
Assistam e leiam.
Nenhum comentário:
Postar um comentário